sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Penas de ganso e traquinagens

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Foi-se o tempo que amor era travesseiro.

Amor agora é travessura.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

De algum personagem de Rousseau


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De todas as coisas que me atraem, nenhuma toca meu coração, embora perturbem meus sentimentos de modo a fazer com que me esqueça de quem sou e qual é o meu lugar.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nação:


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-Juventude, se te vomito, não é porque foste indigesta; mas sem gosto!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rebanho

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Bom, o recesso continua, só foi uma pausa para arquivar, de uma vez por todas, o manifesto sobre minha instalação no Colégio Einstein ano passado. Dei uma boa cortada para não ficar cansativo e enfadonho... Boa semana!

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Instalação sobre o meio comum da sociedade, em que foi quebrado o mecanismo de controle Cotidiano na instituição de ensino Einstein, em Ribeirão Preto. A obra resumidamente constitui da saída dos alunos, uma música com o volume alto foi iniciada gerando estranhamento dentre os alunos, que esperavam a sirene rotineira. Esse foi o primeiro passo para que os alunos, ao sair de suas salas se depararem com um cenário caótico composto com faixas de isolamento preto e amarelo que propunham um novo caminho para a saída do colégio. As passagens mais curtas para a saída foram bloqueadas com esse material, liberando apenas uma saída alternativa para os alunos, a saída pelos fundos do colégio. A reação passiva de todos nos faz refletir sobre a massa de manipulação que se cria nas instituições de ensino qualificadas. Visto de longe, o grupo de aproximadamente 500 alunos parecia um bloco homogêneo que se deslocava em forma de bolo, mesmo existindo espaços para que as pessoas se dispersassem. O embasamento básico da obra constitua na seguinte proposição de Niemeyer: "Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito” e partindo desse fundamento, busquei propor as curvas como o caminho mais curto, visto que a reta em sua maioria envolve apenas o funcional, deixando o belo de lado, enquanto a curva envolve o belo e o criativo, que deve ser famigerado nos centros urbanos, verdadeiros” vazios cinza".

A composição da obra foi à partir de um sonho que tive dia 22 do mês de Março. Nesse sonho (preto-e-branco, assim como todos os outros que tenho) eu era alvo de ordens e as repetia sem questionar, o que afagou meu subconsciente no dia seguinte, permitindo um sentimento de culpa por me tornar “massa de manipulação”, então passei a pensar no assunto. No sonho estava desnudo, imagino eu pela falta de conhecimento, e era barrado aonde quer que minhas idéias me levássemos, conseguindo ir somente aonde a multidão faminta ia: uma rede de fast-food.

As faixas constituem um sentimento bicolor, uma antítese e ainda um sinal repressivo. Sentimento bicolor, já que o preto-e-branco de meus sonhos contrasta com o amarelo da faixa, e ainda os tons de preto-e-branco nas cidades. Falo de paradoxo em relação à reação do público alvo (alvo), que reagiu muitas vezes com um sentimento de repulsa, mas não foi capaz de fazer nada, demonstrando a passividade da juventude, que pode ser repercutida em diversos ramos da sociedade, tal como político, educacional e repressivo. As faixas foram dispostas sem muita pretensão em quatro pontos no colégio (rampa superior; rampa inferior; orelhão-corrimão; e quadra) preocupando-me apenas com a quantidade utilizada em cada ponto para dar a expressão caótica necessária.

Setas no chão propunham o caminho aos alunos, porém, nada os obrigava a segui-lo, já que as faixas são facilmente rasgáveis e havia espaços permeáveis, mas nada aconteceu. Mesmo com as setas, os alunos do primeiro e segundo ano do andar superior tiveram muita dificuldade de compreender a situação (!), permanecendo passivos diante o caos, assistindo a tudo do andar de cima do colégio; só começaram a se mover e entender o porquê do bloqueio e das setas quando viram o alvo do andar inferior se direcionando, confuso e incomodado, à saída proposta.

No pátio, o alvo esbarrou no intrigante caminho proposto pela escadaria que leva até a quadra, pois, imagino eu, muitos duvidavam da possível saída lateral do colégio. Entretanto, quando o primeiro do alvo se aventurou pelas escadarias, foi logo seguido pela massa dos alvos, evacuando a escola em ritmo contínuo e organizado, compreendendo assim a fácil capacidade de adaptação do bixo-homem, mesmo com o déficit de criatividade mostrado pelo alvo.

Ao final da instalação restou apenas uns poucos gatos pingados ou reclamando ou me parabenizando ou questionando, e uma garota sentindo-se importante que veio pomposa dar me uma dura sobre o “desperdício” de fitas, tendo como resposta, um singelo “reciclável” sendo até possível sugestão para ela se reciclar, visto que já parece tarde para uma mudança de comportamento.

Conclusões sobre a experiência.

Do ponto de vista egocêntrico: foi lindo saber que ainda há pessoas que pensam igual, assim podemos ser diferentes muito mais facilmente. Já em questão objetiva, a obra foi um sucesso preenchendo cada lacuna antes proposta, e uma grande experiência de amadurecimento das minhas idéias.

Contracenar com artistas tão bem direcionados como Jonatas, Lucas, e Fabio foi uma experiência fantástica, desde a composição à execução, tenho somente a lhes agradecer, inclusive ao Gula, diretor do colégio que liberou o espaço, e nos deu muito apoio.

Espero que o dia 30 sirva de estopim para aqueles que têm esse desejo de arte vivo dentro de si.

Grato,

André Romitelli.



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ausência


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Sem justificativas precisas, abandonei meu blog. Foi uma fase incrível de posts que além de entreter, me ajudavam a superar alguns melodramas. Suportei larvas, e estou cada vez mais próximo da ecdise final. Estou em uma reta no sprint dos 100 metros, vamos ver aonde vai dar. Peço desculpas por alguma ausência mas não vai demorar para eu voltar a escrever (ok, talvez demore alguns meses), mas gostaria de deixar claro que eu simplesmente adorei ter contato com as pessoas que liam eventualmente meu blog; é um ENORME prazer compartilhar minhas ideias e interagir com os leitores.

Muitas coisas aconteceram de bom, que eu gostaria de ter escrito sobre, mas por falta de tempo, foi impossível. Vou fazer uma pequena lista dos tópicos em mente; mas vale frisar que é uma pequena lista mesmo:


  • Aniversário da mamãe;

  • Confinados;

  • Crise no senado;

  • Fronteiras;

  • Homossexuais;

  • Independência;

  • Dente do Ciso (eu já extrai os meus...);

  • Matéria-negra (pra eu ter certeza que eu sou doido);

  • Saudade;

  • Conto do homem só;

ah, muitos posts virão, eu prometo! E promessa é dívida, sim!


Deixará saudades...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Melhor amigo

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Continue sendo meu herói, meu amigo e meu espelho.
Feliz aniversário!
Deco

Esse foi meu presente de aniversário para meu querido irmão, Gabriel, já que o frenesi desafinado dessa vida de cursinho não permitiu criar nada além de algumas palavras. Sinto que não foi suficiente para retribuir a tudo que ele me deu toda a vida. Além de seu carinho, cuidados e companhia, o primogênito da família norteou meu desenvolvimento sempre com muita responsabilidade. Sempre foi ele quem deu um passo ao desconhecido correndo os riscos necessários, para que depois, eu pudesse trilhar meus caminhos; foi esse eterno protetor que se enveredou pelos diversos sertões para que eu o fizesse com segurança. Gabrê, o eterno centrado, pacificador e diplomático da casa, cuja serenidade encanta e ensina a levar a vida, e não deixar-se levar por ela.
Sempre brinco que cresci na sombra do meu irmão, e as pessoas me conheciam como "o irmão do Gabriel", mas é tudo uma grande bobagem, já que nunca Gab fez sombra, e sim luz! Foi ele o irmão exemplar que não teve ciúmes na infância, e recebeu meu nascimento com palmas e alegria! E desde então criamos esse laço eterno e bem atado: a nossa amizade. Mais do que consanguíneo, somos amigos, melhores amigos, e isso ninguém poderá mudar. Caso eu diga que nunca brigamos, estarei, claro mentindo; porém nossos espinhos foram todos tão insignificantes, que sempre prevaleceu esse carinho.
Meu espelho. A semelhança física é sempre motivo de muitas brincadeiras, afinal, quantas vezes passamos por gêmeos? Quantos foram os amigos dele que confundiram nossas vozes? Ao telefone, chego a duvidar se estou falando com alguém, ou o telefone está com eco. O que acontece na verdade, é que eu sempre me espelho, e me vejo nele, só não sei se é recíproco. E mesmo diante de tantas semelhanças, conseguimos ser tão diferentes, o que simplesmente torna nossos laços cada vez mais fortes. E necessários!


Meu irmão, herói, amigo e espelho: FELIZ ANIVERSÁRIO! Estou para sempre ao seu lado!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Democratizando o Sol

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A pedido do blogueiro amigo Roberto Bíscaro, divulgo aqui mais um projeto de lei que não deve ser engavetado. Vamos fazer pressão para que isso saia do papel, portanto, peço-lhes encarecidamente que divulguem o projeto enviando a amigos e conhecidos. Sua participação é essencial!

Para acessar o processo:

PROJETO DE LEI Nº 683, DE 2009


O Diário Oficial do estado de São Paulo publicou, no último dia 22, o Projeto de Lei número 683, de autoria do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que prevê a obrigatoriedade da distribuição gratuita de protetor solar para as pessoas com albinismo residentes no estado, e também ajuda na aquisição de óculos para aqueles que não têm condições de adquiri-los.

Roberto Bíscar é autor do Blog do Albino Incoerente e vive a lutar pela melhoria das condições de vida dos portadores de albinismo. Resultado do exemplar esforço imprimido por esse guerreiro, o projeto confere visibilidade e despertará o interesse da mídia, tão negligente quanto a esses assuntos.
Agora temos que divulgar a idéia da forma mais abrangente que pudermos e por isso peço a ajuda de vocês. É importante que façamos pressão a fim de que o projeto seja aprovado o mais rapidamente possível.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sinta-se mais

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You're a butterfly

And butterflies are free to fly
Fly away, high away, bye bye
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E eu fico com um monte de palavras entaladas na garganta, esperando algum dia encontrar alguém para ouvi-las. E quando esse dia chegar, tenho medo de gaguejar, de sumirem todas, me deixarem sozinho, como fazem as borboletas quando o jardim não tem mais flores.

Eduque suas crianças

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A publicidade infantil tem cada vez mais abusado da imaturidade das crianças, de forma a exigir delas grande responsabilidade. Eduque seus filhos, caso contrário, eles o farão.
Para desencargo de consciência, deixo alguns dados retirados do documentário "Criança - a alma do negócio":
- As crianças brasileiras formam o público infantil que mais assiste televisão NO MUNDO. Uma média de 4 horas e 30 minutos por dia;
- Bastam 30 segundos para uma marca influenciar uma criança;
- As crianças decidem sobre 80% do consumo doméstico.

Consumindo você será aceito como consumidor. Se for aceito como consumidor, será inscrito entre os consumidores daquele produto. Será afastado dos não consumidores daquele produto. E portanto, terá uma existência social que vai te alegrar. E você que não sabe teorizar sobre isso, mas sente que isso é verdade, embarca tranquilamente. E tudo isso começa no mundo infantil.
Clóvis de Barros Filho - Dr. em Ciências da Comunicação ECA-USP

Encerro apenas elevando a cena final do filme:
Uma psicóloga mostra 2 papéis à 5 crianças, um escrito COMPRAR e o outro BRINCAR, e pede para elas escolherem a preferência. Imediatamente, quatro crianças avançam sobre COMPRAR, deixando a menina que inocentemente pergunta aos amigos: "Ninguém gosta de BRINCAR?"

domingo, 16 de agosto de 2009

Vaca Lenta

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E ai, teve um dia estressante? Precisa relaxar? Acho que nada como desacelerar, descarregar as baterias, desafrouxar os cadarços e as amarras dessa vida lamuriosa. Para isso, surgiu o drink SlowCow, um composto criado na contramão dos energéticos, contém ingredientes como camomila, valeriana, passiflora e outras ervas que contribuem para uma sensação de alívio e vai deixar qualquer um relaxado como a vaquinha que ilustra a embalagem. Em uma lata similar aos energéticos, foi criado no Canadá e poderá em breve ser encontrado nas prateleiras da rede Pão de Açúcar. Acalme o touro, ou melhor a vaca do seu cotidiano.
Para você, estressada ou estressado,
vaca ou touro,
sinta-se à vontade para acalmar os nervos

Mortíbulo

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A janela batia pausadamente, marcando o ritmo cardíaco daquele pobre coitado que mantinha-se colado à cama, como que se todo o suor produzido durante aquela quarentena lhe impedia de mover qualquer parte de seu corpo. Sentia-se improdutivo e estéril e aquela meleca que se formava, o cheio forte de suor velho misturava-se com o café requentado em cima da cômoda, o iodo no frasco aberto. Sua filha Maria Elena deixara um recado com a enfermeira: partia para São Paulo com todos os pertences pretendendo se casar e fazer família. Seu filho Mário já o deixara sem notícias há muito, e a única lembrança que restava era do pequeno que cavalgava em suas pernas, fingindo ter consigo um alazão como os do cinema Continental. Pela porta ouvia-se o relógio da sala bater doze vezes, era o dia de seu nascimento, e o dia de sua morte, além da hora exata registrada em sua folha de certidão. Aquele ser esquálido, com os olhos fundos e penetrados, já brancos pela catarata, a pele retorquida e colada aos ossos não demonstrava resistência aos sinais dos anos, o fartum no quarto denotava a podridão daquele homem. Morto por fora e invisível por dentro. O político exemplar, o crítico renomado, o artista prestigiado agora resumia-se àquilo e ponto.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Banho de Sol

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Como é aprendido nas disciplinas biológicas, albinismo é um distúrbio genético recessivo que acarreta na ausência de pigmentação do pele, dos cabelos e dos olhos; é comum apresentar grande sensibilidade visual à luz e até mesmo cegueira completa. Por se tratar de um genótipo recessivo, o distúrbio ocorre raramente, independente da etinia. Europa e América do Norte, por exemplo, registram 1 a 20.000 pessoas com algum sintoma de albinismo. Esse número na Tanzânia, porém, é cinco vezes maior, afetando 1 a cada 4.000 pessoas.
A cultura tribal desse país possuí bruxos e feiticeiros que atribuem poderes mágicos à partes dos corpos de albinos, acarretando em um massacre muito pouco noticiado dessa parcela da população tanzaniana. Além disso, o preconceito contra essa parcela é claramente exposto pelas autoridades informando que albinos são filhos de negras com homens brancos, e trata-se de uma doença contagiosa, entre outras injustiças. Na Tanzânia, cidadãos cuja pele não produz melanina são literalmente caçados e trucidados, tendo partes de seus corpos vendidas à preços que nenhum salário tanzaniano ofereceria. No ano passado, registrou-se oficialmente a morte brutal de 43 albinos, contrastando com o levantamento de 60 a 70 corpos encontrados. A fundação Under The Same Sun realiza uma petição ao governo da Tanzânia para adotar medidas mais severas no controle desse genocídio, tão negligenciado pelo mundo e pelo próprio país. A organização comemora a aceitação do primeiro tanzaniano albino a se tornar membro do Parlamento, e reitera a necessidade de medidas severas contra esse tipo de massacre, tão recorrente nessa região.

Não há refúgio para todos os albinos, muito menos escolas e hospitais que os aceitem. São crianças e adultos cuja expectativa de vida não supera os 30 anos! E , assim como eu e você, sentem dor, tristeza, e alegria! Para uma vida mais DIGNA e com o mínimo necessário para se dizer HUMANA, participe dessa petição. Não vai lhe tomar tempo algum, e fará grande diferença, tenha certeza disso. Relembre esses pobres oprimidos que eles não estão sozinhos, e mundo afora há pessoas lutando, com as ferramentas que possuem, pelos direitos humanos bem distribuídos.

Para participar dessa petição basta preencher este formulário, constando dados básicos (Nome, Sobrenome, Cidade/Estado, País, e-mail) que não serão divulgados nem veiculados com a petição. Faça sua parte, e divulgue!

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12/Ago/09
retomando o tema:


Acabo de receber um comentário de dr. Roberto Ríllo Bíscaro, criador do Blog do Albino Incoerente que trata de notícias e relatos relacionados ao distúrbio, conferindo maior visibilidade aos portadores de tal. Em campanha para divulgar essa iniciativa, foram feitos vídeos que podem ser encontrados no canal do AlbinoIncoerente
no Youtube.
Caso conheça algum portador de albinismo, peço-lhes encarecidamente para divulgar essa iniciativa.


Aproveito também para agradecer o carinho de alguns leitores que me adicionaram no orkut, msn e vieram elogiar o blog. Vale ressaltar que estou aberto não só a elogios, mas agradeceria muito as críticas e dicas! Deixo meu muito obrigado a todos!





quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A fita no cabelo dela

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- Para onde você vai?
- Vou à casa da vovózinha, que está muito doente, levar-lhe um presente da minha mãe.
- Onde fica a casa de sua avó?
E assim inicia-se a saga de uma das maiores injustiças cometidas pelo julgamento humano. Como todos sabemos, Chapeuzinho é assediada pelo Lobo que, maliciosamente a convence de dizer-lhe aonde fica a casa da vovó. E todos sabemos do fim trágico dado ao enredo, onde o lobo acaba dilacerado pelo caçador, e a menina e a vovó felizes. Tudo bem.
Agora, julgamos o Lobo mau incoerentemente! Quem estava errada era a Chapeuzinho, oras! Só uma menina levada e dissimulada para desobedecer a sabedoria da mãe e fazer exatamente o contrário do que ela lhe pediu. Além do que, com a idade que ela tinha não tem cabimento ser tão ingênua ao ponto de achar no lobo um amigo. Bom, no fim das contas, julgamos que a criança foi vilipendiada pelo pobre animal, sem levar em conta que este desenvolvia tão e somente a sua mera função biológica ao se alimentar da vovó.
Portanto, desde pequenos somos instruídos a fazer julgamentos similares apenas pela aparência externa. Chapeuzinho chatageia o leitor com sua meiga inocência, carapaça da jovem manipuladora de júris. E o Lobo, pobre coitado: minhas preces por ele.


O desenho que gerou toda a reflexão.
Olha que lobo "mau"



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Laticínio

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Nada como um copo de leite e alguns biscoitos suficientes para fazer um final de tarde mais gostoso, não é verdade? Ainda mais em companhia de um bom livro e um grande -e raro- silêncio. A cena tão vendida pela indústria cinematográfica do prazer estadunidense, torna-se cenário insubstituível para a leitura do novo livrete de Chico Buarque, Leite Derramado, por mais superficial que possa parecer essa asserção.
Aclamado pela crítica literária como o melhor livro do autor, Leite Derramado trata dos dias finais de seu protagonista, prostrado em uma cama de hospital, perdido em meio aos devaneios que sua memória alcança. Desenvolvendo uma linha de raciocínio confusa e repleta de vazios lógicos durante todo o livro, o moribundo viaja ao longo de sua vida e relata romances, filhos, e lembranças de seu passado mais remoto, fazendo um panorama histórico de sua família. O ancião leva-nos, contudo, ao, já incômodo, sentimento de descrença nos fatos relatados, uma vez que a lucidez do narrador, leva-nos à descrença e ao profundo tédio.
De fato, o título passa a ser sugestivo e muito bem posicionado, já que o personagem chora durante as 195 páginas pelo "leite derramado" durante toda sua sina. Porém, o mesmo título é -ou ao menos deveria ser- uma sugestão do autor, para que antes do leitor chegar ao fim da leitura, despeje acidentalmente seu copo de leite sobre as páginas, justificando assim o título. Assim deve ter feito a crítica que o tanto aclamou.

Chico Buarque, de fato, é inegavelmente uma bela voz, porém, como ele mesmo admite, escreve mediocremente.


NOTA: 3,5 (0-10)

(Escolha a cor da capa que mais combina com o leite a ser derramado
)



Ao invés de textos, deixo o link de um CD
pelo bem das vaquinhas

(clique para baixar o CD)



domingo, 2 de agosto de 2009

Obrigado



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A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.
O. Niemeyer
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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Agosto

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Mas, em muitas noites, pelas ruas desertas de Santa Fé, vagueava apenas o vento, "uivando como um cachorro louco", como dizia Maria Valéria.
Certa manhã, a velha arrancou mais uma folhinha do calendário - Julho, 31. Sexta-feira - e pensou: "Agosto, mês de desgosto".
Érico Veríssimo
O Arquipélago vol.2 (O tempo e o vento)
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Hoje é dia 31 de Julho, e por mais uma das incríveis coincidências que vem me seguindo, uma sexta feira! Espero que tudo isso seja um bom sinal.
Ainda não é hora para uma resenha sobre o autor



quarta-feira, 29 de julho de 2009

To enrolado

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Tosse, catarro, febre, dores de cabeça e nos ligamentos, boca seca, palpitações seguidas de tremedeira e alucinações. Calma minha gente, não estou com gripe suína -pelo menos até agora nada. O que eu tenho é chamado ANSIEDADE e são muitos os fatores que me deixam assim...
Tudo começou com minha infeliz reprovação na Fuvest ano passado, me obrigando a tentar novamente (Vestibular é que nem Carnaval: tem todo ano... e todo ano agente dança) o ingresso para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a gloriosa FAU. Isso já seria um grande motivo de preocupação, afinal, seria um ano completo de estudos pesados, como de fato está sendo. Agora, tudo ocorreria às mil maravilhas se eu não fosse tão azarado como sou, esse tal de Acaso insiste em me zoar sempre que possível -e ultimamente ele anda tirando sarro da minha cara. Como se não bastassem as tantas e tão severas mudanças em sequência, renovando por completo a máscara do sistema de triagem de alunos, viria logo em seguida a maldita crise, interpelada por um ou outro ditador maluco lançando bombas e matando jovens, sem esquecer, claro, da nova febre: a gripe suína.
Um ano de cursinho sempre foi um ano especial para aqueles que resolvem estudar alguma vez na vida, contudo, não esperava que esse ano fosse tão especial assim! Somos tão cobaias, e não temos outra opção, afinal, quem não quer entrar na faculdade, ein? A regra é dançar ao som da música, no caso, 4'33 de John Cage (tente dançar...). São tantos experimentos, e além de sermos obrigados a testar as mudanças tão severas, devemos conviver com as inseguranças na economia, as elevadíssimas temperaturas, os políticos - são tantos: os centenários, os terroristas, os dorminhocos e os que nem existem!-, e agora temos que levar sempre alcóol gel e máscara, o kit gripe! Ainda assim, no meio disso tudo, temos que arranjar tempo de aprender matemática e tomar banho! Alguém aguenta?
O que me conforma, é que estamos todos juntos neste mesmo barco. E no momento ele está indo a pique.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Coelho

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Esse blog não tem o intuito de elevar nem subjugar autor, artista, músico ou qualquer outra pessoa, apenas expresso minhas opiniões em torno das formas de mídia que tenho contato. No caso, acabo de terminar a leitura da biografia de Paulo Coelho, O Mago, escrito pelo fabuloso Fernando Morais -Chatô, o Rei do Brasil (1994), Olga (1985). Faço esse post especial para começar uma nova fase nesse site: vou procurar aliar sempre algum post, com uma dica de livro, filme, música ou arte. Sempre que possível disponibilizarei algum link para download, foto ou trecho para ter contato com a dica. Além de proporcionar alguma interatividade com os frequentadores deste, busco dividir aquilo que me deu tanto prazer por algum período.
Para começo, este livro parece uma ótima opção, não só pelo fato de ter sido terminado hoje, mas também por ser regido pela vida do escrito mais polêmico na literatura brasileira do século 21. O livro retrata com clareza cortante, e verdades muitas vezes inconvenientes, a vida digna de filme de ficção que Paulo levou. Fernando Morais não poupa o biografado em momento algum expondo as internações em sanatórios, experiências com homossexualidade, satanismo, ocultismo e bruxaria, além dos numerosos romances que Coelho envolveu-se.
Daquelas grossas brochuras que quando se pega para ler, não se quer mais parar, Morais executa mais uma vez com encantadora capacidade o trabalho árduo de biografar uma personalidade tão controversa. Pelo método claro e coeso que o livro é escrito, torna-se quase impossível largá-lo, à medida que a trama parece cada vez mais profunda e chocante. Um livro para ler em uma semana relaxante, junto com o friozionho de invernos românticos com alguém que realmente te faz sentir confortável, pois a vida de Paulo Coelho de conforto nada vai trazer-lhe.


Nota: 9,5 coelhos rajados na mata (0-10)
(clique para baixar os livros de Paulo Coelho)

Biografia

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O presidente Lula tem razão:
Sarney não é igual à maioria
dos brasileiros. Ainda bem.
Quem é Sarney? Ele é o
símbolo maior do atraso(...)
Marco Antonio Villa
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Concluo que não há porque ser cauteloso com a biografia do investigado José Sarney -tão diferente da maioria da população, como sintetizou o presidente Lula-, após ler o artigo de Marco Antonio Villa (O outono do patriarca, 27/8), que trata-se da própria.


  • Leia na íntegra aqui:
TENDÊNCIAS/DEBATES

O outono do patriarca
MARCO ANTONIO VILLA



NA PRESIDÊNCIA do Senado, José Sarney conseguiu o impossível: ser pior do que alguns dos seus antecessores, como Antonio Carlos Magalhães, Jader Barbalho e Renan Calheiros, que acabaram defenestrados. Todos negaram as acusações que pesavam sobre eles. Pareciam inabaláveis, tal qual Sarney.
Porém, o velho coronel do Maranhão está conseguindo se manter no cargo por mais tempo do que seus velhos amigos. Afinal, como disse o presidente Lula, ele não é igual a nós, ele tem uma história. Lula tem razão: Sarney não é igual à maioria dos brasileiros. Ainda bem. Quem é Sarney? José Ribamar Ferreira de Araújo Costa nasceu em 1930, ano da revolução que mudou o Brasil. Paradoxalmente, ele é o símbolo maior do atraso, do passado que nunca passa, da antirrevolução.
Fez a pequena política local até chegar, em 1958, ao Rio de Janeiro, como deputado federal, ainda jovem, eleito pela UDN. Participou pouco dos debates, nunca foi um bom orador. A voz soava mal, as ideias eram ultrapassadas e sem nenhuma novidade, o raciocínio era lento e era pobre sua linguagem gestual. Não tinha nada que o destacasse.
Na grave conjuntura de 1963-1964, raramente apareceu nos debates. Omitiu-se. Preferiu as sombras, aguardando hora mais tranquila. Candidatou-se ao governo do Maranhão em 1965 e venceu com o apoio dos novos donos do poder, os militares. Depois foi para o Senado -e lá ficou por quase 15 anos.
Se consultarmos os anais daquela Casa, raramente veremos Sarney participando de um debate. A sua preocupação central não eram os grandes problemas nacionais, nada disso. Seu pensamento e sua ação política estavam na província. Controlava as nomeações e os recursos orçamentários. Dessa forma, conservou sua força política local graças à influência que mantinha na capital federal.
Mas o coronel era hábil. Não queria ser um novo Vitorino Freire, o mandão que o antecedeu. Buscou dar um verniz intelectual ao poder discricionário que exercia na província. Isso pode explicar a publicação de romances e contos, a entrada para a Academia Brasileira de Letras e o estabelecimento de amplo círculo de relações sociais com intelectuais e jornalistas.
No Sul do país mostrava seu lado cosmopolita, falando de poesia e filosofia. Na província voltava ao natural, não precisava de nenhum figurino: era o senhor do baraço e do cutelo. Que digam os oposicionistas -e foram tantos- que sofreram a violência do mandão local. Lá, durante mais de 40 anos de poder, o interesse público nunca esteve separado do interesse da família Sarney e de sua parentela.
Por um acaso da história, acabou presidente da República. Durante os comícios da Aliança Democrática, em 1984, ficava escondido no palanque. Quando era anunciada a sua presença, era vaiado impiedosamente. Afinal, servira fielmente o regime militar por 20 anos.
A sua Presidência foi um desastre completo. Três planos de estabilização econômica. E todos fracassaram. Terminou o governo com a inflação próxima de uma taxa de 100% ao mês. Omitiu-se quanto aos principais problemas. No ocaso do governo foi instalada no Congresso Nacional uma CPI para apurar casos de corrupção, com graves acusações à gestão presidencial e a sua família, em especial seu genro, Jorge Murad.
O desprestígio era tão acentuado que nenhum candidato às eleições presidenciais de 1989 -e eram mais de uma dúzia- buscou seu apoio. Mas o oligarca sobreviveu. Buscou um mandato de senador no recém-criado Amapá. Precisava como nunca da imunidade parlamentar.
O tempo passou e a memória nacional foi se apagando, como sempre. O oligarca, em uma curiosa metamorfose, transformou-se em estadista. Encontraram até qualidades no seu período presidencial. Não tinha sido um indeciso. Não, nada disso. Fora um conciliador, avalista da transição para a democracia.
No governo Lula, mandou mais do que na sua Presidência. Conseguiu até depor o governador Jackson Lago, que teve a ousadia de vencer nas urnas a sua filha. A sua cunhada, presidente do TRE, anulou a eleição e, pior, obteve a chancela do TSE.
Contudo, não há farsa que perdure na história. O que foi revelado pela mídia nacional não é nenhuma novidade para os maranhenses. Lá, o rei está nu há muito tempo.
No encerramento do semestre legislativo, Sarney discursou para um plenário vazio. Não houve palmas ou apupos. Desceu e caminhou pelo corredor, silenciosamente. Nas galerias não havia um simples espectador. O velho oligarca estava só. Parou e, como se dissesse adeus, dirigiu-se para seu gabinete: a tragicomédia está chegando ao fim.

MARCO ANTONIO VILLA, 54, é professor de história da UFScar (Universidade Federal de São Carlos) e autor, entre outros livros, de "Jango, um Perfil".



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Produção


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E a falta dela Lamento a ausência, mas as atividades cotidianas me têm me mantido constantemente ocupado. Da mesma forma como muita ideias novas me visitam frequentemente, elas vão embora: rapidamente. Preciso avaliar um método para não desperdiçar algum lampejo de ideia, comprei até um diário que até agora está vazio!
Droga...
Bom, por enquanto é isso. Pelo menos não fica mais a impressão que meu último post foi sobre Michael Jackson. Minha vida não se resume à isso, tampouco meu blog.
Fico muito curioso pra saber quem visita meu blog... um dia eu descubro.

sábado, 4 de julho de 2009

Michael is NOT dead!


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Nas últimas semanas os diversos tablóides, dos mais sensacionalistas aos mais céticos, divulgaram a morte do Rei do Pop, Michael Jackson, noticiaram diversas manifestações de fãs claramente emocionados com a notícia e como já era de se esperar, famigeraram diversas teorias conspiratórias em torno de seu falecimento. Os inumeráveis hits lançados pelo astro ao longo dos seus 40 anos de carreira retornam com força previsível após a notícia e ressoam por toda parte nos rádios, televisores, e na boca dos que pelo menos uma vez sentiram-se eletrizados por suas canções. Em uma semana 9 milhões de discos foram vendidos, suas músicas foram as mais tocadas em rádios pelo mundo todo, e seus clipes os mais vistos.
Para esse ano foi organizado o retorno do atro aos palcos em 50 shows na cidade de Londres com os ingressos esgotados, reerguendo os tablóides, ácidos como nos últimos 15 anos, empenhados novamente em enfraquecer a imagem da lenda da música pop. Como sempre-tratando-se de Michael- a imprensa apenas o fez mais forte ressurgindo mais uma vez das cinzas. E nessa série de reencarnações que o astro tornou-se mais uma vez o centro das atenções. Com a notícia de sua morte os compradores dos ingressos para os shows do ídolo foram informados que teriam seu dinheiro de volta, porém muitos preferiram ficar com os ingressos, afinal, nunca se sabe: será que ele voltará? Recentemente foi divulgada a venda dos 170mil ingressos para o velório de Michael Jackson, realizado no palco onde seriam os shows esse ano, e como era de se esperar, já foram esgotados.
Diante de um personagem tão midiático, todas as notícias tornam-se questionáveis e crer cem por cento em suas meias-verdades é um passo arriscado. Michael soube brincar com a mídia, e mais uma jogada de marketing torna-se mais uma opção para explicar como um ser tão único, lúdico e fantástico foi morrer de forma tão banal, sem uma morte digna de suas polêmicas. Michael Jackson is NOT dead! Não me surpreenderei, nem me cagarei nas calças quando, diante das lágrimas e suplícios de fãs o grande ídolo ressurja de dentro de esquife de ouro e veludo ao som de clássicos. Thriller seria óbvio demais. Não combina com Michael.

domingo, 28 de junho de 2009

Abc

Michael Joseph Jackson
(1958 - 2009)

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Suas músicas voarão para sempre.

E para sempre farão dançar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Olimpíada de Atualidades FACAMP/CPFL 2



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Tendo publicado nesse blog meu e-mail direcionado à coordenação do evento, cometi o equívoco -muito bem frisado por meu padrinho, Eloi, por sinal- de omitir as providências tomadas pela organização, de forma a apenas incriminá-los. Atacar alguém pelas costas, além evidenciar as fraquezas dos indivíduos, não permite defesa ou reação alguma. Portanto, nada mais justo do que um post retratando-me para com os leitores e posivel coordenadoria da FACAMP. O que ocorreu no sábado (20) deste mês permitiu por em pauta a confiança tida em meios tecnológicos tão avançados. Uma prova envolvendo 11.349 participantes mereceu uma organização à altura, contratando a empresa elancer.com para o evento, uma das mais conceituadas na aplicação de provas online nesse formato. Noentando, o contingente de alunos inscritos foi surpreendente para todos da organização, mesmo porquê, não há servidor que garanta uma prova segura à tamanho congestionamento virtual. Após receberem meu e-mail, a coordenadora da FACAMP responsável por esse evento, Sirei Malaguti, ligou pessoalmente em meu número de celular para me informar de um link alternativo que eu teria acesso à prova eficientemente. De fato, após logar com meu número de inscrição e data de nascimento, não levei mais do que 40 minutos para findar as 50 questões contidas no exame. A atitude tomada para alguém que eleva a voz, possivelmente direcionando as críticas aos jornais é dubitável, visto que a minoria tomou a mesma iniciativa (se é que tomou). O sistema pelo visto funcionou bem apenas sob forte pressão, o que garante que nada se pode esperar de um evento dessa magnitude. Por fim, para não manter a desigualdade, os organizadores decidiram que todos os 11.349 estudantes que fizeram (ou tentaram fazer) a prova pela Internet, fariam a segunda fase do exame. Enfim, seria mais fácil um exame presencial, o bom e velho papel, e a velho leitora óptica dos cartões. Não há relatos de leitoras ópticas estressadas, nem congestionadas diante do contingente de corretores de exames muito maiores.

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Indago: Será que eu previ a morte da mosca?


domingo, 21 de junho de 2009

Guerra pela Liberdade


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(Pt)
Como todos devem estar acompanhando pelos jornais e mídias mundiais, o Irã passa por turbulências administrativas e o povo saiu às ruas de Teerã em busca de liberdade e justiça. Com a derrota do oposicionista Mousavi, muitos julgaram corrupção na apuração dos votos além de injustiças eleitorais cometidas pelo governo totalitarista liderado pelo Aiatolá Khamenei e Mahamoud Ahmadinejad, o presidente reeleito.
Como se não bastasse as privações submetidas pelo governo e a polícia nas ruas, o governo instaurou censura para os meios de comunicação e cortes de sinal de celular e banda larga. O movimento oposicionista, noentando, continua resistindo driblando essas medidas e enviando informações 24h sobre os conflitos em todo o país. São blogs, e twitters que mantém a mídia global informada.
Você que pode estar lendo esse post, envie esses links para alguém que possa ajudar, ou alguém que conheça alguém que possa ajudar. Os iranianos estão ilhados em um conflito civil envolvendo vidas que buscam apenas por liberdade. E no momento de maior explosão de conflitos a mídia internacional parece esquecer o que se passa nesse país! Os jovens parecem não desistir tão cedo, até que suas vidas sejamm tiradas. Vamos ajudar a evitar esse derramamento de sangue.

Os Blogs REVOLUTIONARY ROAD ; RAMBLINGS e os facebooks, twitters e youtube. Não é difícil procurar por informação, basta um pouco de vontade em clicar em links. Ajude a divulgar esses blogs. Por favor!

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(Eng)
As we all can follow by the media, Iran is passing through a bloody difficult scene, full of desgrace and opressor government. Youth is in the streets yelling for dignity and justice in the final result of the president elections . The opositors asks for a secont review of the votes, since the judgement is cleary corrupt by the Khamenei leaders. Mahamoud Ahmadnejad was re elected embracing fear and desgrace to the iranian people.
As if it not enough, the press, internet, e mobile line are tracked and blocked in Theeran, also, the police is in the streets violently repressing the youth. Deaths and injuries and not counted by press, who leads to inefiency, after being repressed.
Youth leaders are keeping the world informed by their own blogs, twitters, facebooks and youtube. So you, who reads this text, please adress the links to someone who may help them, or someone who may know someone that can help. Any kind of effort is appreciate. Iranian youth is being dizimated by politician issues. Don't let this happen soon. Many thanks for those who read this.

The blogs REVOLUTIONARY ROAD ; RAMBLINGS and the facebooks, twitters, and youtubes are easy to share. It's not difficult to find information. So spend a few minutes with this please!

sábado, 20 de junho de 2009

Olimpíada de Atualidades FACAMP/CPFL

Carta direcionada aos organizadores
da prova primeira fase
da olimpíada de atualidades
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Caros organizadores,


Venho por
meio desse, demonstrar meu desgosto e infelicidade para com a organização da
Olimpíada de Atualidades da FACAMP em conjunto com a CPFL. Sou aluno de
curso pré-vestibular de Ribeirão Preto, e me inscrevi com enorme interesse pela
iniciativa, para adquirir experiência e possivelmente concorrer aos prêmios
oferecidos aos vencedores. Um projeto como esse de estímulo aos jovens
estudantes é louvável e inspirador, já que se necessita cada vez mais de
ações que instiguem um possível gosto pela leitura e absorção de
conhecimento, numa era de descrença na mídia virtual, veloz e pouco
imparcial. Entretanto, esse grande projeto agora se mostrou de ineficaz
organização, comprometendo a avaliação dos participantes.

Sem
dúvida, foram diversos os alunos inscritos de diversas origens para participar
desse evento, demonstrando mais uma vez, que a juventude mostra-se empenhada em
adquirir experiência com esse tipo de avaliação. Exames dessa magnitude
merecem o devido reconhecimento e divulgação tal como foi feito, com notas
e informativos em jornais de grande veiculação. Porém, a divulgação deve ser
seguida com um preparo por parte da organização de forma que seja garantida uma
aprovação imparcial nas fases eliminatórias desse exame.

O que
ocorre durante a prova demonstra o preparo ineficaz de um servidor que abrigue o
contingente de alunos inscritos para o exame, sendo impossível a entrega das
questões durante o prazo estabelecido. Além do que, a sucessão das questões
parece inexistir, sendo vários os hiatos entre elas, restando a dúvida sobre
qual alternativa foi preenchida nas questões “fantasmas”.

Como se
não bastasse a lentidão do sistema, a linha 0800 disponibilizada para dúvidas
parece inexistir diante do caos dos participantes, que após não poderem realizar
a prova, são abandonados ao relento, esperando uma confirmação para as
questões.

O critério para avaliar alunos participantes desse tipo
de prova deveria ser a meritocracia individual, o que será inevitavelmente
impossível caso essa prova seja utilizada. Muitos bons alunos não demonstraram
conhecimento algum, visto que não havia aonde demonstrá-lo, com questões
impossíveis de carregar e lentidão do sistema. No meu caso, foi possível
realizar de 5 a 6 questões com êxito, sendo que sem ordem alguma, começando pela
primeira e segunda, sétima e oitava, décima primeira e décima quarta, seguida
por seus devidos hiatos e lentidão.

Após ser submetido à
desorganização caótica, o relógio me informa que não será mais possível
completar o exame, como se em algum momento tenha sido possível o fazer. Sinto
me desrespeitado como participante do exame. E caso nenhuma providência seja
tomada, o próximo destinatário de minha caixa de e-mails será o jornal Folha de
S. Paulo, seguido de seus concorrentes O Estado de S. Paulo e O Globo. Não
tenham isso como uma ameaça, estou apenas exigindo meus direitos como
participante desse evento.

Grato,


André R.

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Feira do Livro - Dia Um

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Iniciou-se a, já costumeira (amém!), Feira Nacional do Livro para mim. Em sua nona edição guarda uma agenda cultural de impressionar qualquer outro evento dessa magnitude, com grandes palestras, discussões, temas polêmicos, e shows; grandes expoentes da literatura, jornalismo, filosofia e outras carreiras confirmam presença nessa edição que tem tudo para entrar para a história. A qualidade da organização é claramente visível nos estandes das livrarias, presentes em grandes circulos ao redor das praças XV e Carlos Gomes, estruturas dignas para abrigar eventos dessas proporções. Corredores lotados pelas milhares de pessoas que frequentam diariamente a feira, entrando em contato com livros (mesmo que apenas fisicamente), e cultura( mesmo que indiferentes). E o mais impressionante: tudo (eu disso tudo!) gratuitamente! Sem abono algum! Coisa rara hoje em dia, aliando qualidade, cultura e diversão.
Ver crianças encantadas com a beleza dos livros infantis, buscando divertir-se com eles, já é um grandioso passo em direção de uma sociedade de pensamento mais plural e diversificado junto com o raciocínio crítico que isso acarreta. Primeiramente, um contato físico com o mundo dos livros, seguido de um instinto curioso permeante de toda imaginação infantil, culminando em um mergulho no universo da incrível literatura e arte.
E como essa arte está viva em Ribeirão nesta semana! Há muito não se via florecer pelas ruas músicos, palhaços, artistas, explorando seus sentidos, abrindo seus corações, e mostrando aquilo que por muito tempo se criou e cultivou nas cavernas da reclusão cultural. A dinânica das artes toma novas cores, cheiros e aspectos, e vive-se cada vez mais uma infusão de novidadades. É empolgante ver arte palpitar no coração da cidade, junto com o meu. E querer estar junto disso é inveitávelmente apaixonante. Cístole, diástole.

É nesse cenário apaixonante que tantas coisas podem borbulhar, pipocar, surpreender, por mais que você esteja esperando por essa surpresa. Assusta.
O dia foi louvável pela série de acontecimentos e coincidências e sortes e acasos (e quantos!). A começar pela noite repleta de sonhos coloridos que vêm recheando minha semana, seguidos por mamão com aveia, banana, meia caneca de café completa com leite e açucar, duas metades de filão com manteiga na chapa, e uma pêra; isomeria óptica, fermentação láctea, lentes, e geometria; salada seguida de arroz acompanhado de tutu de feijão e linguiça e toca pra praça que eu já to atrasado! Não sei que interesse maldito me levou para a fila assombrosa para o café filosófico com o famoso humorista, jornalista, e músico Rafael Cortez, já que eu tinha certeza que não queria muito saber da vida dele. Mas, como que por não perder a viagem, eu passei uma hora muito gostosa com meu irmão, o que há muito tempo não era possível, e fomos ao MARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto) estudar algum senso artístico latente em nós.
A primeira consequência do dia logo não tardou. Eu afobado para estudar (aluno de cursinho), voltei correndo para o coc, tido que uma hora do meu dia de estudo tinha sido "gasta", e me deparei com o anúncio do salão de idéias com Ali Kamel, e me interessei. Na fila, conheci uma garota, Erica seu nome (ou Erika, tanto faz), e por acaso ela cursou fisioterapia na UNESP-Presidente Prudente! A mesma que eu, infortuno desisti ano passado. Mas ao invés de me desistimular, esse dia só me deu mais certeza que é arquitetura meu curso, e que São Paulo é meu destino.
Milton Hatoum foi minha próximo visita, e não vou citar que eu tomo sustos com cutucões a troco de nada, e em meio desse suste, joguei fora a chance de dizer tanta coisa... Mas... Ah! O Gabriel acaba de me interromper! Fodeu com esse dia... depois explico. Droga!

De qualquer forma, caso você tenha lido isso: NÃO DEIXE DE IR À FEIRA DO LIVRO! ESTÁ EXCELENTE! foi o que eu tentei dizer... mas ele não deixou.


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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Foi assim...

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...tão rápido, até afobado para um encontro tão real, ao ponto de acordar assustado, coração palpitando, respiração acelerada, carro alegórido de desespero e dor. Sentia o cheiro do seu corpo ainda em meus braços, o calor do frenesi deitado ao meu lado, o ar parado de desejo e calafrios por todo o corpo, as cores de suas roupas (agora são nuvens no chão) , e sua voz pairando no vácuo. É desnecessário dizer se sonho foi, pois não foi bem assim. Foi diferente do preto e branco ou sépia que o marasmo dos meus sonhos me acostumara. Ficaram as cores, a sua bata roxa jogada ao canto, a acuidade na memória não existia mais na persistência da minha memória tão derretida ao ponto de ferver nessa luxúria de amar. Mas acho que não era comigo todo o amor e a efervecência da situação, algum ser similar esperava por você antes. Chegou e levou. Partiu-me ao meio. Dormi, e acordei sozinho. Juro que mesmo só, um fio de cabelo ainda restava ao meu lado.

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