quarta-feira, 17 de junho de 2009

Foi assim...

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...tão rápido, até afobado para um encontro tão real, ao ponto de acordar assustado, coração palpitando, respiração acelerada, carro alegórido de desespero e dor. Sentia o cheiro do seu corpo ainda em meus braços, o calor do frenesi deitado ao meu lado, o ar parado de desejo e calafrios por todo o corpo, as cores de suas roupas (agora são nuvens no chão) , e sua voz pairando no vácuo. É desnecessário dizer se sonho foi, pois não foi bem assim. Foi diferente do preto e branco ou sépia que o marasmo dos meus sonhos me acostumara. Ficaram as cores, a sua bata roxa jogada ao canto, a acuidade na memória não existia mais na persistência da minha memória tão derretida ao ponto de ferver nessa luxúria de amar. Mas acho que não era comigo todo o amor e a efervecência da situação, algum ser similar esperava por você antes. Chegou e levou. Partiu-me ao meio. Dormi, e acordei sozinho. Juro que mesmo só, um fio de cabelo ainda restava ao meu lado.

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2 comentários:

Helena Tarozzo disse...

Câmbio. Desligo.

Comentador Fiel disse...

Uma bela descrição, conseguiu passar e representar o ambiente.