sexta-feira, 19 de junho de 2009

Feira do Livro - Dia Um

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Iniciou-se a, já costumeira (amém!), Feira Nacional do Livro para mim. Em sua nona edição guarda uma agenda cultural de impressionar qualquer outro evento dessa magnitude, com grandes palestras, discussões, temas polêmicos, e shows; grandes expoentes da literatura, jornalismo, filosofia e outras carreiras confirmam presença nessa edição que tem tudo para entrar para a história. A qualidade da organização é claramente visível nos estandes das livrarias, presentes em grandes circulos ao redor das praças XV e Carlos Gomes, estruturas dignas para abrigar eventos dessas proporções. Corredores lotados pelas milhares de pessoas que frequentam diariamente a feira, entrando em contato com livros (mesmo que apenas fisicamente), e cultura( mesmo que indiferentes). E o mais impressionante: tudo (eu disso tudo!) gratuitamente! Sem abono algum! Coisa rara hoje em dia, aliando qualidade, cultura e diversão.
Ver crianças encantadas com a beleza dos livros infantis, buscando divertir-se com eles, já é um grandioso passo em direção de uma sociedade de pensamento mais plural e diversificado junto com o raciocínio crítico que isso acarreta. Primeiramente, um contato físico com o mundo dos livros, seguido de um instinto curioso permeante de toda imaginação infantil, culminando em um mergulho no universo da incrível literatura e arte.
E como essa arte está viva em Ribeirão nesta semana! Há muito não se via florecer pelas ruas músicos, palhaços, artistas, explorando seus sentidos, abrindo seus corações, e mostrando aquilo que por muito tempo se criou e cultivou nas cavernas da reclusão cultural. A dinânica das artes toma novas cores, cheiros e aspectos, e vive-se cada vez mais uma infusão de novidadades. É empolgante ver arte palpitar no coração da cidade, junto com o meu. E querer estar junto disso é inveitávelmente apaixonante. Cístole, diástole.

É nesse cenário apaixonante que tantas coisas podem borbulhar, pipocar, surpreender, por mais que você esteja esperando por essa surpresa. Assusta.
O dia foi louvável pela série de acontecimentos e coincidências e sortes e acasos (e quantos!). A começar pela noite repleta de sonhos coloridos que vêm recheando minha semana, seguidos por mamão com aveia, banana, meia caneca de café completa com leite e açucar, duas metades de filão com manteiga na chapa, e uma pêra; isomeria óptica, fermentação láctea, lentes, e geometria; salada seguida de arroz acompanhado de tutu de feijão e linguiça e toca pra praça que eu já to atrasado! Não sei que interesse maldito me levou para a fila assombrosa para o café filosófico com o famoso humorista, jornalista, e músico Rafael Cortez, já que eu tinha certeza que não queria muito saber da vida dele. Mas, como que por não perder a viagem, eu passei uma hora muito gostosa com meu irmão, o que há muito tempo não era possível, e fomos ao MARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto) estudar algum senso artístico latente em nós.
A primeira consequência do dia logo não tardou. Eu afobado para estudar (aluno de cursinho), voltei correndo para o coc, tido que uma hora do meu dia de estudo tinha sido "gasta", e me deparei com o anúncio do salão de idéias com Ali Kamel, e me interessei. Na fila, conheci uma garota, Erica seu nome (ou Erika, tanto faz), e por acaso ela cursou fisioterapia na UNESP-Presidente Prudente! A mesma que eu, infortuno desisti ano passado. Mas ao invés de me desistimular, esse dia só me deu mais certeza que é arquitetura meu curso, e que São Paulo é meu destino.
Milton Hatoum foi minha próximo visita, e não vou citar que eu tomo sustos com cutucões a troco de nada, e em meio desse suste, joguei fora a chance de dizer tanta coisa... Mas... Ah! O Gabriel acaba de me interromper! Fodeu com esse dia... depois explico. Droga!

De qualquer forma, caso você tenha lido isso: NÃO DEIXE DE IR À FEIRA DO LIVRO! ESTÁ EXCELENTE! foi o que eu tentei dizer... mas ele não deixou.


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2 comentários:

Eloicom disse...

Caraca, tenho saudades desta "semana cultural" em Ribeirão Preto, lembro-me das primeiras versões, eu jornalista do A CIDADE corria pra praça em busca do off-feira e qta coisa surpreendia. Duro é saber o que rola nos bastidores, porém uma vez escrevi em editorial: Desarmem-se das críticas e vamos à Feira! assim mesmo como vc está proclamando. Que satisfação ler seu blog, vc tá escrevendo bem PACAS! São Paulo e o curso de arquitetura te esperam em Sampa, ou será a família Romitelli toda? Quero lhe apresentar a Faculdade de Belas Artes, conheci uma de suas diretoras, quarta geração da família Cardim e falei do seu talento. Vamos lá?

Comentador Fiel disse...

Taí, moro longe, mas minha namorada anda morando aí perto, quem sabe um dia.