sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O que restou...



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No dia 12 de Janeiro de 2010, um país historicamente em colapso foi completamente arruinado. O Haiti, cuja história é marcada por uma completa rejeição da comunidade internacional, teve sua capital, Porto Príncipe, destruída por um terremoto que atingiu 7.3 graus na escala Richter.

Edifícios como o Palácio Nacional, ministérios e embaixadas vieram abaixo junto com moradias, hospitais e escolas. Os jovens sobreviventes procuravam seus colegas entre os escombros dos colégios; a população correndo pelas ruas repletas de partes dos prédios e casas - de pessoas também; famílias procuram seus entes nas fileiras de mortos e feridos expostos nas calçadas. Sem ter para onde correr, para quem pedir ajuda, os haitianos vagam pelas ruas em busca de algo que já não tem há muito tempo: uma saída. O país foi negligenciado pela comunidade internacional durante toda sua história, que se resume à opressão e abusos impostos pelo colonizador, a França; trocas de poderes, e ditadores sanguinários como Papa Doc baseada no terror policial dos tontons macoutes (bichos-papões) - sua guarda pessoal -; após sua morte, Baby Doc, seu filho, decretou estado de sítio diante de mobilizações sociais, deixando o país rumo à França. Durante tal período os ditadores eram escorados pelo apoio francês, restando apenas uma nação aos trapos, regida por guerrilhas, em um completo caos, negligenciado por órgãos sociais durante muito tempo, e recebendo ajuda da ONU apenas no sentido de conter a ameaça para paz mundial. Ao longo da história de tal nação são raros os casos de ajuda humanitária, sendo a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, a única no sentido de manter a paz na região.

Agora com o abalo sísmico de proporções catastróficas expôs ao resto do mundo aquilo que há muito foi esquecido: uma nação abandonada, a mais pobre do seu continente, cuja renda per capta corresponde a um terço da renda da favela da Rocinha no Rio de janeiro, e abriga 10 milhões de habitantes, parte de um povo explorado e abandonado por todos nós.

Diante da situação emergencial, me inscrevi para o voluntariado internacional por várias instituições, mas fui recusado, já que não tenho habilidade nenhuma com esse tipo de trabalho. Entendi imediatamente que alguém sem experiência traria apenas mais desordem à situação, portanto, a melhor forma de ajudá-los é com um depósito nas contas da ONG Viva Rio, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, da Embaixada da República do Haiti e da CNBB. As doações para a Organização das Nações Unidas (ONU) devem ser feitas para a ONG Viva Rio.


ONG Viva Rio:

Banco do Brasil

Agência 1769-8

Conta 5113-6



Cruz Vermelha

Banco HSBC

Agência 1276

Conta 14526 - 84

Aos interessados em fazer depósito online,

o CNPJ do Comitê Internacional da Cruz Vermelha é

04.359688/0001-51.



Embaixada da República do Haiti

Banco do Brasil

Agência 1606-3

Conta 91000-7

CNPJ 04170237/0001-71



Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Os depósitos podem ser feitos nas contas da campanha SOS Haiti:

Banco Bradesco

Agência 0606

Conta Corrente 70.000-2


Banco Caixa Econômica Federal

Operação (OP): 003

Agência 1041

Conta Corrente 1132-1


Banco do Brasil

Agência 3475-4

Conta Corrente: 23.969-0



Não vamos cometer o mesmo erro que viemos cometendo. Faça uma doação, e divulgue esse post para quem puder. Precisando de qualquer informação extra, me mande um e-mail em : andre.romitelli@yahoo.co.uk . Muito obrigado

3 comentários:

André R. disse...

Agora, o que restou de mim? Escombros também. Por mais egoísta que isso seja

Anônimo disse...

nossa andré esse comentario... é serio?

Comentador Fiel disse...

No dia do meu aniversário, e nodia que eu fui visitar minha namorada, o que me lembra que certa vez ouvi que o dia da bomba atômica certamente será lembrado como o dia mais feliz na vida de alguém.

Enfim, nesses momentos que eu gostaria de estar participando dos médicos sem fronteiras, mas eles pedem residência, então vai demorar um pouquinho ainda.