Sobe o som!!!

E GRITA !!!
Cada vez mais estou desiludido com a população de minha faixa etária. Estão todos se perdendo no mundo virtual onde recebem as informações comprimidas e mastigas e o senso crítico está sendo substituído por aquilo que pode ser os alicerces de um período de profunda descrença ideológica. Essa discussão foi famigerada há um tempo, no entanto, parece ter sido perdida entre devaneios mais importantes, e as massas de jovens dependem cada vez mais da informação pré-consumida e repleta de pontos de vistas de terceiros. Aonde o amor ao trabalho literário e a interpretação de textos vai parar? Culminaremos em que sentido: complacência perante os fatos, ou discórdia e inquietação? Lento vai se mobilizando, mas parece tudo tão volátil que dá vontade de desistir.

Agora engrosso o caldo de pesquisas, sou mais um número, aluno de cursinho, que não tem direito de se expressar. Esse é o ano, o ano do quê? De me calar e consentir, deixar a rastelo escorar minha nuca e a calúnia abafar os gritos a clamar pela verdade! Como o Zé me disse hoje: "É só esse ano...", que algum ser superior o ouça! Que seja só esse ano!

Até breve,
amanhã vou colocar um conto meu: O Parvo; chega de tanta tensão.



alguns trechos da exposição de Alexandre Schneider na Folha de S. Paulo 3/ABRIL/09 :

O MINISTRO E O MUNDO BINÁRIO

O que se vê no artigo do ministro da Educação é um discurso político-partidário e eleitoral, sem correlação com a realidade

Politizar a questão educacional é a contribuição mais inovadora no artigo do ministro, segundo o qual governos e estratégias para melhorar a educação dividem-se entre progressistas e conservadores. (...)

O argumento não se sustenta. Por que só pensa nisso depois de sete anos de governo Lula? Onde estava o ministro [Fernando Haddad] em 2007 quando seu governo prorrogou a DRU (Desvinculação de Receitas da União, que permite ao Executivo dispor livremente de até 20% da arrecadação dos principais tributos) até 2011? Por que não propõe acabar com a DRU já em Janeiro de 2009?

As respostas são óbvias: por que o que se vê no artigo do ministro da Educação é um discurso político-partidário e eleitoral, sem correlação com a realidade. Suas propostas são progressistas desde que o próximo governo pague a conta.
(...)
A maior diferença talvez esteja entre os (gestores da educação pública) que não confundem discurso eleitoral com empenho em melhorar a educação e aqueles que fazem a política partidária com a política educacional. Quero crer que o ministro da Educação integre o primeiro grupo e que seu artigo tenha sido apenas um ponto fora da curva.